O betão pronto e o fim das cinzas volantes: mais um desafio para a construção

Barragem de Foz Tua | Ordem dos Engenheiros

Fim anunciado das cinzas volantes agita o sector do fabrico do betão

No próximo dia 19 pelas 17h30 irá decorrer a sessão de esclarecimentos organizada pelo Conselho Regional Sul do Colégio de Engenharia Civil em conjunto com a Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto (APEB), sobre o tema "o betão pronto e o fim das cinzas volantes: mais um desafio para a construção".

As cinzas volantes são um resíduo industrial das centrais termoeléctricas que desde 1990 têm sido utilizadas como adição ao cimento para o fabrico de betão, valorizando assim um subproduto através da sua utilização na criação de outro produto. Esta adição tornou-se importante para melhorar a durabilidade das estruturas de betão armado e para a redução do calor de hidratação do betão, prevenindo por exemplo a formação de etringite retardada, um problema que era recorrente em estruturas com grandes volumes de betão, tais como o corpo das barragens.

No entanto, as cinzas volantes têm os dias contados. O governo comprometeu-se a cessar a produção de energia a partir do carvão até 2030, no âmbito do Acordo de Paris. Para o sector da construção, a supressão das cinzas volantes do processo de fabrico do betão representa um desafio considerável.

A Ordem dos Engenheiros - Região Sul afirma que o objectivo da sessão "é esclarecer os intervenientes no processo da construção sobre os impactos decorrentes do fim de cinzas volantes."